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17/07/2015

Eduardo Cunha anuncia rompimento político com governo


Eduardo Cunha anuncia rompimento político com governo
Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados
A poucas horas de fazer um pronunciamento em cadeia nacional de TV, previsto para as 20h30 desta sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou rompimento com o governo e disse que, como político, vai tentar no congresso do partido, em setembro, convencer a legenda a seguir o mesmo caminho. Cunha disse que, apesar da decisão, vai manter a condução da Câmara dos Deputados "com independência".
A decisão foi motivada pela acusação de que o peemedebista recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda da Petrobras para a empresa Toyo Setal. A acusação foi feita  pelo empresário Júlio Camargo em depoimento nessa quinta-feira (16) ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.
Cunha
Mensagem publicada em sua rede social, onde anuncia
rompimento com a Presidente Dilma

Ele lembrou que, desde junho, o Executivo iniciou uma "devassa fiscal" em suas contas. "Esse tipo de devassa, de cinco anos, é um constrangimento para um chefe de Poder". Cunha diz haver interferência do governo nas investigações da Lava Jato, mesmo com o envolvimento de petistas. Segundo ele, esses nomes não fazem parte do “processo”. “O governo tem ódio de mim, não me engole e fez tudo para me derrotar. Eu ignorei até agora este processo. Tem um bando de aloprados no Palácio”, afirmou sem citar nomes.

PMDB

Eduardo Cunha reforçou que sua decisão é pessoal e disse que nenhum parlamentar precisa seguir seu posicionamento. Na prática, a decisão deve limitar-se ao convencimento de outros peemedebistas. “Vou tentar levar meu partido para a oposição”, afirmou.

Como presidente da Câmara, Cunha apenas vota se houver empate em algum placar do plenário. Ele garantiu que não pretende prejudicar o país com sua saída da aliança. “Não tenho perfil de incendiário do país.”

Em nota, a presidência do PMDB informou que a manifestação de Cunha é "a expressão de uma posição pessoal" respeitada pelo partido e informou que qualquer decisão partidária só pode ser tomada "após consulta às instâncias decisórias do partido: Comissão Executiva Nacional, Conselho Político e Diretório Nacional".
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