As lágrimas derramadas pelo
Maranhão em tempos recentes, aliadas à degradação governista de um império
implantado há bastante tempo, representam, talvez, o desabafo de um sistema de
governo e a fuga de uma realidade maquiada através de inaugurações de supostas
grandes obras, distribuição de convênios, noticiários sensacionalistas,
promessas mirabolantes e, sobretudo, demonstração de um Estado que só existe
nos vídeos institucionais do seu Governo, onde mostram que há motivos para nos orgulharmos
do novo Maranhão. Realmente, existem vários motivos mesmo!
Aqui, o som dos atabaques, dos
tambores, a brisa do mar, a praia do Calhau, a Ponta d’ Areia, a Chapada das
Mesas, as águas silenciosas do Rio Tocantins, das cachoeiras que descem por
entre pedregulhos, e outras maravilhas do Maranhão, são motivos de orgulho para
nós, mesmo todas estas belezas estando submetidas à interferência de supostos parasitas que impregnam seus rastros em todas as vísceras maranhenses. Em todo o Estado,
existem traços destes insetos, sarnas: em nome de cartórios, avenidas, escolas,
etc. Por conta disso, o Maranhão chora, sendo palco de violência, de ataques a
ônibus, de baixos índices, de mortes, assaltos, brigas, protestos, e outras
mazelas que são recorrentes por que o “Maranhão está mais rico”.
E nós? Nós ficamos aqui
apreciando a beleza de toda essa festança, e não podemos fazer nada; somos a
minoria. A maioria exibe seus helicópteros, suas obras abandonadas, mal feitas.
Falado nisso, é pertinente lembrarmos dos asfaltos das MAs, entregues aos
maranhenses que sequer puderam usufruir dessas grandiosas obras que foram,
infelizmente, levadas pela água das chuvas. A maquiagem venceu! Existem trechos
que continuam do mesmo jeito. Outros, até que foram anunciados, porém, a ação
do homem ainda não tornou possível a realização da obra, embora uma placa
gigantesca determine um tempo de execução para a mesma. Mas isso não vem ao
caso.
Esqueçamos as obras
eleitoreiras, o uso da máquina pública em benefício próprio, a campanha
antecipada ao governo do Estado e toda essa farsa que tenta ludibriar os olhos
dos maranhenses que estão mais lúcidos do que nunca. O povo acordou. Eu
acordei, você acordou, nós acordamos, e vamos continuar acordando, e a minoria
se tornará a maioria dominante, aquela parte que decidirá sua
representatividade. Aos que ainda dormem, que cochilam, que ainda estão
hipnotizados pelos vídeos bem produzidos pelo governo do Estado, venham fazer
parte deste universo que grita: O Maranhão é de todos nós, e não de um grupo
político.
Aqui não é uma empresa privada,
um território particular onde o proprietário manda e desmanda, não! O nosso
querido Maranhão é terra de gente forte, embora essa força esteja oculta,
seduzida por um ideal que só existe nas salas fechadas do Palácio dos Leões,
cujas janelas não podem ser abertas para não ter que enfrentar a realidade.
Eu preferia que certa
personalidade brasileira continuasse sua vida de literato, de homem dos versos,
das crônicas. Ou, talvez, esquecesse que o Maranhão não é história de ficção,
ou personagem de algum de seus escritos. O Maranhão é de todos os maranhenses
de verdade, dos que se deleitam sobre a face do Estado em cuja capital está o maior
acervo cultural brasileiro. Os encantos e magias das ruas estreitas do Centro
Histórico gritam por uma nova era, e certamente, ela virá.
Parabéns a todos nós
maranhenses que temos o poder da escolha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente esta publicação