O termo saúde, geralmente é associado a hospital, médico... O ideal era
que fosse associado à qualidade de vida. As pessoas tem saúde quando não
precisam de hospital, não precisam de médico, quando elas sabem se
cuidar para evitar doenças e quando o meio em que vivem não é causador
de doenças.
Dito isto, vamos à aplicação dos recursos da saúde no Maranhão. Em 2009, após voltar ao governo - depois da cassação de Jackson Lago -, Roseana Sarney lançou o Programa “Saúde é Vida”, visando, principalmente, a construção de 72 hospitais. O programa está gastando cerca de meio bilhão de reais.
São prédios para atendimento básico. Os feridos em um acidente grave, por exemplo, chegam a um hospital desses e o único serviço que é feito é o preenchimento do encaminhamento para a cidade polo, onde não existe estrutura adequada, o que aumenta as chances de óbito.
A governadora, durante a campanha de 2010, prometeu que todos os prédios seriam entregues até o fim daquele ano. Passados três anos, menos da metade foi entregue.
O ideal, para iniciar a implantação de atendimento hospitalar de qualidade, seria ter pelo menos um hospital completo em cada região do estado, o que significa dizer que seriam menos de 10. Aliado a isto, seria excepcional a implantação de cursos de medicina nessas cidades, o que, em longo prazo, evitaria a falta de profissionais.
Para mudar esta realidade, não espere um salvador, esta mudança só é possível com o engajamento da população. É preciso eleger gestores dispostos a fazer uma nova forma de gestão, diferente de tudo o que está ai.
Por João Batista Passos