Aconteceu ontem, por volta
das 13 horas, no Plenário da Câmara, a cerimônia de posse do prefeito eleito
Rochinha (PSB). O atraso foi em decorrência de tumultos que o levaram à
suspensão da sessão. Tudo começou quando a vereadora Fransuíla pediu ao presidente
interino, Eumar Lopes, o mais velho da Casa, que lesse o Edital de Convocação,
obedecendo, portanto, ao Regimento Interno da Câmara. Eumar Lopes, falou que o
Edital não encontrava-se na sua mesa, e por isso não poderia haver eleição para
a Presidência da Câmara, passando assim diretamente para a posse do Prefeito
eleito Rochinha. Os vereadores não concordaram com a atitude de Eumar Lopes,
que não poderia empossar o prefeito eleito, pois apenas o Presidente da Câmara
poderia fazê-lo. Tumultos e badernas eram constantes, onde o público presente
pediu que houvesse a eleição da nova mesa diretora da Casa Legislativa. Eumar
Lopes, que após ser vaiado, decide suspender a sessão por 30 minutos. Na
verdade, foi bem mais que isso, mesmo assim o povo não retirou-se de seus
lugares, assim como Lusimar Miranda, Procurador do Estado do Maranhão, que foi
convidado para a mesa e disse que não se retirava dali enquanto não houvesse a
eleição da Câmara e por conseguinte a
posse do Prefeito eleito Rochinha.
Tudo leva a crer que o
ocorrido já era previsto, pois Eumar Lopes pertencia a uma das chapas que
concorriam à Presidência da Câmara, juntamente com Nelson Ferreira, Fransuíla, e
Fernanda Zottis. Sabiam que não seriam eleitos, pois a maioria dos vereadores
estavam do lado da outra chapa, que era composta por Manoel Carvalho, Tião
Saraiva, Arnaldo Gomes e Peti Cordeiro. Quando a sessão continuou, uma
surpresa: apenas 12 vereadores retornaram. Eumar continuava insistindo que
empossaria o prefeito mesmo sem a eleição do novo Presidente do Legislativo. Como
a maioria não concordou, Eumar seria substituído pelo segundo mais velho da
Casa, no caso, Nelson Ferreira, que também não quis presidir a sessão. Foi aí que
foi convocado o terceiro mais idoso, Jodaci, que deu prosseguimento aos
trabalhos, juntamente com Ari Rogério. A casa ficou composta apenas por 10
vereadores: Alan da Marissol, Ari Rogério, Arnaldo Gomes, Chico Bomba, Gilson
da Bacaba, Jodaci, Leonardo Leão, Manoel Carvalho, Peti Cordeiro e Tião
Saraiva.
Como a Casa Legislativa é
soberana, e a maioria simples que estava presente tinha poder de decisão, a
sessão foi reaberta, e elegeu, por unanimidade, Manoel Carvalho, como
Presidente da Câmara. Muitos
blogs divulgaram que todo esse tumulto foi causado por grupos aliados à Stênio
Rezende (PMDB), tudo para impedir a eleição do vereador do PCdoB para Presidente da Casa Legislativa.
Manoel Carvalho, portanto, empossou o prefeito eleito Rochinha, que
falou da emoção de estar sendo empossado prefeito de todos os balsenses,
independente de cor partidária. Rochinha firmou os propósitos de trabalhar por
uma Balsas melhor, atendendo aos anseios da população que o elegeu.
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Rochinha com suas três filhas. |
Depois disso, o prefeito
empossado se dirigiu para a praça da Prefeitura Municipal de Balsas, para a
entrega da faixa. Uma multidão o aguardava, quando Rochinha chegou acompanhado
do ex-prefeito Chico Coelho, e de sua esposa Marinete Rocha, ao som da
música que marcou a sua campanha:
Advogado Fiel, de Bruna Karla.
A cerimônia de entrega da
faixa foi acompanhada por milhares de pessoas que gritavam e aplaudiam Rochinha
que, após receber a faixa de Prefeito Municipal de Balsas, falou da emoção em
estar firmando, mais uma vez, o compromisso de lutar pelo povo balsense. Depois
disso, Rochinha e o ex-prefeito Chico Coelho se dirigiram até a porta da
entrada da Prefeitura, e, logo em seguida, Rochinha foi levado até o seu
gabinete e encontrou ali a cadeira e a mesa que foi utilizada por seu pai, Luiz
Rocha, quando era Prefeito de Balsas. Rochinha falou dos sonhos de seu pai e
que também são os seus sonhos, e que uma nova era começará agora, e que ele irá
lutar pela cidade, na intenção de realizar os sonhos que seu pai não realizou.